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Prefeito de Chapecó diz que vai mandar internar quem levar baby reborn para hospital; veja vídeo k736j

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Prefeito de Chapecó diz que vai mandar internar quem levar baby reborn para hospital; veja vídeo

Brasil – O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, gerou controvérsia nesta sexta-feira (16) ao publicar um vídeo em seu perfil no Instagram criticando pessoas que levam bebês reborn — bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos — para atendimentos em unidades de saúde do município. A declaração, que rapidamente viralizou, provocou reações mistas entre apoio e críticas nas redes sociais.

No vídeo, Rodrigues expressou indignação com casos de pessoas que tratam os bonecos como se fossem crianças reais, chegando a buscar atendimento médico para eles. “Se alguém inventar de entrar em uma unidade de saúde para pegar uma ficha para levar o bebê reborn para consultar, a ordem está dada: pode pegar o autor, o proprietário desse bonequinho, e nós vamos internar involuntariamente, porque a pessoa não pode estar bem”, declarou o prefeito, em tom enfático.

A fala foi motivada por relatos de situações em que pessoas teriam levado os bonecos a hospitais ou promovido eventos como aniversários para eles, tratando-os como filhos. Rodrigues esclareceu que não se opõe a quem coleciona ou possui bebês reborn, mas criticou a prática de tratá-los como seres humanos em espaços públicos essenciais, como o sistema de saúde. “Quem quer ter, que tenha. Trata como boneco. Mas agora tem gente querendo tratar como um bebê de verdade”, afirmou.

No mesmo vídeo, o prefeito classificou a prática como uma “loucura” e argumentou que ela desrespeita o sentimento genuíno de cuidado com uma criança. Ele pediu que as pessoas priorizem valores como espiritualidade e solidariedade: “O sentimento por uma criança jamais pode ser substituído por um boneco. Vamos parar com essa loucura. Fé em Deus, empatia e amor pelo próximo — é isso que está faltando para muita gente.”

A declaração de Rodrigues também reflete um debate crescente sobre o uso de bebês reborn, que, para algumas pessoas, servem como objetos de coleção ou até como forma de lidar com questões emocionais, como a perda de um filho. No entanto, o prefeito considera que levar esses bonecos a serviços públicos ultraa os limites do razoável, especialmente em um contexto de alta demanda por atendimentos médicos.

Apesar do tom incisivo, João Rodrigues destacou que Chapecó não pretende criar uma lei específica para proibir ou regulamentar o uso de bebês reborn, como chegou a ser discutido em outros estados. “Não vamos legislar sobre isso, mas vamos usar o bom senso. Quem insistir em levar boneco para hospital vai ser tratado como alguém que precisa de ajuda”, disse, reforçando a possibilidade de intervenções em casos extremos.

O vídeo, que já acumula milhares de visualizações, dividiu opiniões. Enquanto alguns internautas apoiaram a postura do prefeito, considerando a prática inadequada, outros criticaram o tom das declarações, apontando que a fala pode estigmatizar pessoas com questões psicológicas ou emocionais. “Ele está ridicularizando algo que pode ser sério para alguém. Faltou sensibilidade”, comentou uma usuária no Instagram. Já outro seguidor defendeu: “Concordo com o prefeito. Hospital é lugar de tratar quem precisa, não de brincadeira.”

O caso de Chapecó não é isolado. Nos últimos anos, o uso de bebês reborn tem gerado debates em diversas regiões do Brasil, com situações semelhantes relatadas em cidades como Recife e Belo Horizonte. Em alguns casos, projetos de lei foram propostos para regulamentar o uso desses bonecos em espaços públicos, mas nenhum avançou significativamente até o momento.

A prefeitura de Chapecó não informou se já houve registros concretos de pessoas buscando atendimento médico para bebês reborn nas unidades de saúde do município. Procurada, a assessoria de João Rodrigues informou que o prefeito não pretende se manifestar novamente sobre o assunto no momento, mas que a orientação para as equipes de saúde é priorizar o atendimento a pacientes reais e, se necessário, encaminhar casos de comportamento atípico para avaliação psicológica.


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