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Defesa de Bolsonaro acusa Mauro Cid de mentir e agir com “memória seletiva” em depoimento ao STF; vídeo 6z3u27

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Defesa de Bolsonaro acusa Mauro Cid de mentir e agir com "memória seletiva" em depoimento ao STF; vídeo

Brasil – Em mais um capítulo da série de investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro, a defesa do ex-mandatário reagiu com veemência ao depoimento prestado pelo tenente-coronel Mauro Cid nesta segunda-feira (9), no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o advogado Celso Vilardi, Mauro Cid mente e apresenta uma “memória absolutamente seletiva”, omitindo partes cruciais dos fatos e fabricando outras.

Durante a audiência, Cid reafirmou à Polícia Federal (PF) a existência de uma suposta reunião entre Bolsonaro e empresários, em novembro de 2022, com o objetivo de discutir uma forma de reverter o resultado das eleições presidenciais daquele ano. O encontro, segundo o depoente, teria contado com a presença do dono da Havan, Luciano Hang, e do fundador da Tecnisa, Meyer Nigri. O problema, de acordo com Vilardi, é que a reunião “jamais aconteceu”.

“Não há registro de entrada desses empresários no Palácio do Planalto, tampouco menção na agenda oficial do presidente. Ele está narrando um evento fictício para um general do Exército. É uma invenção”, afirmou o advogado de Bolsonaro, durante a audiência no STF. “É essa pessoa que é o delator dessa ação penal”, completou, em tom crítico.

A defesa de Bolsonaro ainda apresentou um áudio obtido pela PF no qual Cid narra, em tom conspiratório, uma pressão exercida por empresários sobre Bolsonaro para tomar medidas contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado sobre quem seria o destinatário da mensagem, Cid alegou não lembrar, levantando a hipótese de que poderia ser o general Freire Gomes.

Celso Vilardi também destacou que Mauro Cid tem se esquivado de perguntas incisivas e muda sua versão a cada novo depoimento – este já seria o sétimo, segundo a defesa. “É fácil depor quando se tem memória seletiva. Quando perguntado sobre contradições, ele simplesmente diz ‘esqueci’. Não há consistência em seus relatos”, concluiu.

Apesar das críticas, o advogado avaliou que o depoimento prestado nesta segunda foi “extremamente positivo” para a estratégia da defesa de Bolsonaro, por reforçar o argumento de que Cid não é uma testemunha confiável.

O caso segue em tramitação no STF, com expectativa de novos desdobramentos nos próximos dias, à medida que os interrogatórios se intensificam.


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