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Nove motoqueiros são indiciados após agredirem agente da Polícia Federal em Manaus; veja vídeo 3i4e1n

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Polícia Federal indicia nove motoqueiros que agrediram agente em Manaus

Brasil – A Polícia Federal (PF) concluiu a segunda fase da Operação Última Marcha e colocou um ponto final no inquérito que investigava um ataque violento contra um agente da corporação em Manaus. O crime, ocorrido na madrugada de 18 de janeiro de 2025, por volta de 1h30, na Avenida Djalma Batista, na Zona Centro-Sul da capital amazonense, chocou pela brutalidade: um grupo de motoqueiros e um motorista de picape cercaram o carro do policial, o agrediram com socos, pontapés e um golpe “mata-leão” até deixá-lo desacordado, fugindo em seguida com sua carteira funcional. Agora, nove suspeitos foram indiciados e podem enfrentar mais de 20 anos de prisão.

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Na etapa final da operação, a PF indiciou mais dois nomes: Thiago Coutinho, por omissão de socorro, e Paulo Augusto dos Santos, suspeito de participar diretamente da agressão. Eles se juntam a outros sete já investigados: Ícaro Pinheiro Braga, Aldo Bitencourt Cha Neto, Vitor Mendonça de Souza Vieiralves, Leonardo de Souza Castelo Branco, Bruno Faria dos Santos, Alexsandre Linhares do Nascimento e Jean Carlos Paula Rodrigues. O inquérito, encaminhado à Justiça do Amazonas, aponta crimes graves como tentativa de homicídio qualificado, roubo qualificado, associação criminosa e omissão de socorro.
Câmeras de segurança capturaram o momento do ataque, revelando a ação coordenada do grupo. As imagens mostram os motoqueiros cercando o veículo do agente e iniciando uma sequência de golpes, culminando no “mata-leão” que o deixou inconsciente no asfalto. A carteira funcional roubada sugere que o crime pode ter tido motivações além de um simples assalto – uma possibilidade que a PF não descarta.

O delegado Sávio Pinzon, responsável pelo caso no Amazonas, levanta uma hipótese inquietante: o ataque pode ter sido uma retaliação contra operações recentes da Polícia Federal na região. “Estamos apurando se houve um alvo específico ou se foi um ato impulsivo, mas a violência e a ousadia sugerem algo maior”, afirmou. A PF apreendeu as motocicletas e a picape usadas no crime, reforçando a tese de uma ação planejada. Apesar do pedido de prisão preventiva dos suspeitos, a Justiça negou a solicitação, o que mantém os indiciados em liberdade enquanto o processo avança.

Os crimes imputados ao grupo – tentativa de homicídio qualificado, roubo majorado e associação criminosa – carregam penas pesadas. Somadas, as condenações podem ultraar duas décadas de reclusão, um recado claro da PF de que ataques contra seus agentes não ficarão impunes. A omissão de socorro, atribuída a Thiago Coutinho, agrava o caso, evidenciando a frieza dos envolvidos ao abandonar a vítima desacordada.

O ataque na Avenida Djalma Batista, uma das vias mais movimentadas de Manaus, expõe a vulnerabilidade até mesmo de agentes da lei em áreas urbanas. Para a PF, o caso é mais do que uma investigação concluída – é um alerta. “Não vamos tolerar esse tipo de afronta. Quem ataca um agente, ataca a instituição”, declarou Pinzon. Enquanto a Justiça analisa o inquérito, a população de Manaus acompanha, entre o choque e a expectativa por justiça.


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