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Motorista intimidado por flanelinha entra em pânico e atropela mulher no Centro de Manaus; veja vídeo d2i4d

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Motorista intimidado por flanelinha entra em pânico e atropela mulher no Centro de Manaus; veja vídeo

Manaus – Uma cena de desespero tomou conta da Avenida Eduardo Ribeiro, no coração de Manaus, na noite desta segunda-feira (3/3), quando um motorista, acuado por um flanelinha agressivo, acabou atropelando uma mulher em uma tentativa desastrada de fugir da pressão. O caso, que expõe a vulnerabilidade de motoristas diante de cobranças irregulares, terminou em acidente e reacendeu o debate sobre a falta de fiscalização nas ruas da capital amazonense.

Augusto, motorista de um Fiat Uno, estacionava seu veículo em uma das movimentadas vias do centro quando foi abordado por um flanelinha que exigiu R$ 50 pelo “serviço” de vigiar o carro — uma quantia exorbitante para algo que, legalmente, não deveria nem ser cobrado. Sem dinheiro em mãos, Augusto relatou à polícia que se sentiu coagido pela postura intimidadora do homem, que não aceitava negativas. “Ele ficou gritando, batendo no capô, dizendo que eu não ia sair dali sem pagar”, contou o motorista, ainda abalado.

Desesperado para evitar uma agressão, Augusto correu até as barraquinhas de bebida e churrasco próximas, populares no Carnaval, na esperança de trocar um Pix por dinheiro vivo. Ao voltar, porém, a pressão só aumentou. Com o flanelinha cercando o carro e elevando o tom, o motorista, em um impulso de pânico, engatou a ré para escapar da situação. Foi então que o pior aconteceu: ele não viu uma mulher que ava atrás e a atingiu.

A vítima, cuja identidade não foi revelada, foi socorrida rapidamente por populares e encaminhada a uma unidade de saúde. Segundo informações preliminares, ela sofreu ferimentos leves e está fora de perigo, mas o susto e o trauma permanecem. Enquanto isso, o flanelinha, ao perceber a gravidade do incidente, desapareceu na multidão festiva que tomava o centro de Manaus, deixando Augusto sozinho para lidar com as consequências.

“Eu só queria sair dali, não queria machucar ninguém. Foi tudo muito rápido”, desabafou o motorista à polícia, que registrou o caso como lesão corporal culposa (sem intenção). Testemunhas confirmaram a versão de Augusto, descrevendo o flanelinha como “agressivo” e “insistente”, um perfil que, segundo moradores, é recorrente na área.

O atropelamento na Eduardo Ribeiro não é um caso isolado, mas um sintoma de uma prática antiga e mal resolvida em Manaus: a extorsão por flanelinhas. Sem regulamentação clara ou fiscalização efetiva, motoristas são frequentemente intimidados a pagar valores abusivos para estacionar em vias públicas — um serviço que, pela lei, deveria ser gratuito ou gerido oficialmente. Em pleno Carnaval, com o centro lotado de foliões e veículos, a presença desses “pseudovigilantes” só aumenta, transformando uma noite de festa em um cenário de medo e insegurança.


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